Espaço a serviço da sonoridade na poesia pulsante em diversidade de imagens. Para ler com consciência, bom humor e o coração em chamas. Apreciem com Imoderação.

Monday, March 27, 2006

Ofício Áudio Sideral



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NAMORADINHO DA MAMÃE

Verso
Mamãe casou e separou
mas não deixou de me amar
e foi seu olhar que me ninou
paparicou o seu xodó

se na garganta der um nó
ao conhecer seu namorado
o ciúme calado a provocar
mamãe é o meu fim

fico calminho até passar
com o Brad Pitt de Guarujá
quero o abraço mais sincero
e ter seu carinho só pra mim

Refrão
Café na cama com todo amor
acho que sou seu pão francês
café da mama pra me acordar
desde o primeiro ao nono mês
agora você é a bola da vez
o namoradinho da mamãe

Verso
mamãe saiu pra namorar
talvez jantar e ir ao cinema
fiquei em casa com a babá
atormentado pra valer

posso brincar de esconder
quando crescer virar rebelde
mas se tiver algum problema
mamãe cuida de mim

levanto com o pé direito
no jeito eu não torço o nariz
pois mamãe merece ser feliz
junto ao seu novo namorado


LUZ DEL FUEGO

Fogo
fogo doido, lunático
fogo fátuo, fogo fuleiro
fogo
fogo fogueira, fogo luzeiro
fogareiro, fogo prático
fogo
fogo louco, labareda
fogaréu, fogo inteiro
cinza
fogo morto, apagado

lamparina é veste viva
verte vida e aquece o olhar
piromancia a chamuscar
o desejo nosso de cada dia

o fogo arde por inteiro
fumegando meias verdades
incendiando formalidades
aos pontapés na burocracia

coivara dança caxambu
império em chamas e Nero leva a fama
coivara dança caxambu
carcará que engana e o inferno inflama
coivara dança caxambu
o circo do fogo adverte:
pirotecnia na corda bamba
no sopro de outra guerra santa

REALITY SHOW

Tolos desejos conscientes
que se esborracham no chão
torpes num sonho demente
belo presente do mundo cão

todos corpos são carentes
e aqui jazem em tentação
torpes ficam pra semente
inocentes só na plantação

tolos mastigam os dentes
afiando a língua na nação
torpes governam pra gente
reincidentes em corrupção

todos somos delinqüentes
aguardando voz de prisão
torpes olhos de serpentes
condizentes com a traição

tolos usam entorpecentes
para a própria combustão
torpes algemas da mente
expoentes da aniquilação

todos aguardam pacientes
clamando sua ressurreição
torpes perversos doentes
prepotentes como religião

será que estamos atentos
aos próprios pensamentos?

Refrão
Tire um coelho da cartola
seja real ou seja mágico
faça a diferença na escola
tire a poeira da cachola
seja leal ou seja sábio
faça a realidade à sua moda

escolha sua própria ilusão
escolha sua própria ilusão

DE TUDO UM CORPO

Quero um pouco preencher o vazio
quero um corpo sem entrar no cio
quero um pouco preencher o vazio
quero um corpo sem entrar no cio

corpo que não queima
frígido imodesto
pouco que se entenda
sirva-se do resto

corpo que não cheira
inodoro artefato
pouco mais se venda
menos ao olfato

quero um pouco é incendiar o frio
quero um corpo sem perder o brio
quero um pouco é incendiar o frio
quero um corpo sem perder o brio

corpo que não queira
desejo insensato
pouco que se aprenda
cria-se o contato

corpo que não teima
declinadas frases
pouco mais se renda
tudo faz as pazes

quero um copo a beber o vazio
quero um copo a beber o vazio

O ESPECTRO DO SUPEREGO

um caminho até aqui
um caminho até aqui
um passo em falso e os cobertores
aprisionam-me ao chão
entre as trevas e o travesseiro ter a
coberta de razão

no instante que perdi
no instante que perdi
no fim do arco-íris um carro-forte
acerta meu ponto fraco
entre as pernas e o passageiro siga
confuso e opaco

e o espectro a colidir
e o espectro a colidir
e o sopro da vida livra o unicórnio
da extinção mitológica
entre as feras e o forasteiro usa-se
instinto e lógica

ser sozinho a digerir
ser sozinho a digerir
ser a luz e a sombra a envergarem
da última casca de noz
entre as eras e o herdeiro saboreio
o póstumo após

e no infinito logo ali
e no infinito logo ali
e no lado escuro da lua ao retalhar
ancestrais do superego
entre as gestas e o justiceiro estiro
no ser que nego

Refrão
Doutor míope
onde estão os anos e os meses
Deus ciclope
onde está o milagre da gênesis
Doutor míope
onde está a maravilha genética
Deus ciclope
onde estão as réplicas e a ética

MEA CULPA

Na hora da zona morta
o sangue sem direção
Nosferatu como castigo
estaca no coração

eclipse atrás da porta
cárcere espiritual
flores sobre o jazigo
quiróptero ritual

Mea Culpa - Diabolum Cruce
Mea Culpa - Diabolum Cruce


na falta do sono eterno
o sofrimento imortal
execrável mundo novo
sepulcro ocidental

penumbra traz o inverno
vultos pelo caminho
sobre as asas do corvo
coroa de espinhos

Mea Culpa - Diabolum Cruce
Mea Culpa - Diabolum Cruce


na face oculta da alma
o caos e a imperfeição
grotesco sinal se faz
etérea aberração

bastardo serve da calma
devora a iniquidade
solidão fria e voraz
natimorta realidade

Mea Culpa - Diabolum Cruce
Mea Culpa - Diabolum Cruce


a monotonia do silêncio
permanece em seu lugar
a monotonia do silêncio
permanece em seu lugar

THE LAST NEPHILIM

Wake up
fallen angel, son of sin
unholy soul of Seraphim
deadly fate is in your skin

a black angel's seed
brings the sorrow and misery
to the new born child
that the beauty will never see

a broken life's code
is the price of human heart
sentinel take this soul
till the heaven do us apart

Refrain
So let the wings be your guide
till the home of Benei-Ha-Elohim
leaving the land of your crimes
end of times to the last Nephilim

a sign in four faces
shows the mirror of the flash
the love of a woman
makes the reign turns to ash

a celestial inquisition
lead the demons to the dock
two hundred angels
as the holy secrets of Enoch

Repeat - Refrain

Rise with the legions of dawn
Rise with the legions of dawn

O ÚLTIMO NEFILIM

Acorde
anjo caído, filho do pecado
alma profana do Serafim
o destino mortal está em sua pele

uma semente do anjo negro
traz a tristeza e a miséria
para o recém-nascido
que a beleza nunca irá ver

um código de vida quebrado
é o preço do coração humano
sentinela leve esta alma
até que o céu nos separe

Refrão
Então deixe as asas serem seu guia
até a morada dos "filhos dos deuses"
deixando a terra dos seus crimes
fim dos tempos para o último Nefilim

um sinal em quatro faces
mostra o espelho da carne
o amor de uma mulher
faz o reino virar cinza

uma inquisição celestial
guia os demônios para o banco dos réus
duzentos anjos
como os santos segredos de "Enoch"

Repete - Refrão

Suba com as legiões do amanhecer
Suba com as legiões do amanhecer

THE PACT OF THE WOLVES

There's a beast into the woods
there's a blood path in its jaws
another victim for the priests
and the religion of evil laws

skillful man fight with magic soul
wise man speak with knowledge
the wolves don't have to be guilty
for these lives on the razor's edge

hounds in the haze
brave wolves in the distance
madmen in this maze
to kill for the king of France

Refrain
Gevaudan is calling for you
rise your sword in unmerciful fight
to free the spirit of the truth
and the wolfheart at full moonlight

The village waits a bloody secret
the dark man controls the beast
for cruelty and an incestuous love
the cripple disappears in the mist

skillful man dies with his belief
wise man reborn with his revenge
to destroy this circle of tyrants
as a hostile spirit will go to avenge

devil rest in defeat
to punish the sins of nobility
made of metal and meat
forged in a time of impunity

O PACTO DOS LOBOS

Há uma besta dentro das florestas
há um caminho de sangue em suas presas
outra vítima para os padres
e a religião das leis do mal

o homem hábil luta com alma mágica
o homem sábio fala com conhecimento
os lobos não devem ser culpados
por estas vidas no fio da navalha

cães de caça na névoa
lobos valentes na distância
homens loucos neste labirinto
para matar pelo rei da França

Refrão
Gevaudan está chamando por você
levante sua espada em luta impiedosa
para libertar o espírito da verdade
e o coração do lobo à luz da lua cheia

A vila aguarda um segredo sangrento
o homem sombrio controla a besta
por crueldade e um amor incestuoso
o aleijado desaparece na névoa

o homem hábil morre com sua crença
o homem sábio renasce com sua vingança
para destruir este círculo de tiranos
como um espírito hostil irá vingar

demônio jaz em derrota
para punir os pecados da nobreza
feitos de carne e metal
forjados em um tempo de impunidade

MATRIARCA ETÉREA CENTURIAL

Sigo indócil esse mundo
amém quatro paredes
quatro estações da vida
cada qual sem verdes
palco à infâmia biocida
do conluio nauseabundo

corsário dos ecossistemas
proscrito retorna ao lar
a negra mácula se arrasta
da índole ao vasto mar
e ao vento da orla nefasta
a poluição finou teoremas

augusta e graciosa biosfera
litanias bastam por hora
ao ventre da mãe-natureza
no afável sabor d'aurora
um hálito de divina beleza
perpetuando a vindoura era

solilóquio do ego mundano
guia o corredor ecológico
estuário da prima sagração
crótalos do arroto ilógico
dever em sensorial eclosão
envergar seu jugo humano

melopéia do uso sustentável
anfitriã do insigne manejo
panacéia chancelada á biota
com louros de um cortejo
ordeiros da galhardia ignota
limando o bravio indomável

carcinoma do obscurantismo
dilacera o verdor ambiental
espargindo em fétida toxina
ao colibri o motejo outonal
a pilhéria carvoenta vaticina
inenarrável infausto cinismo

Sigo infrene nessa esfera
cadafalso da existência
o arcabouço da jactância
cônscio dessa anuência
invoco o mel da infância
espelhar a ciência severa

bólido das gemas paridas
altivo truísmo planetário
traz o patrimônio natural
no articulador voluntário
é supernova educacional
às falcatruas sucumbidas

úberes entranhas terrenas
lousa do prudente ofício
amanha grão e semente
lépida burla o interstício
traga o roto impenitente
soergue a alameda serena

vigor primaveril inviolável
desagrilhoada fulgência
retorna do oco subterrâneo
viriliza em sua essência
para os biótipos litorâneos
exuberarem ao memorável

solário do incólume recurso
liberto do lúgubre daninho
a fauna, a flora e o coração
o apogeu traz seu caminho
soberbo tropel da perfeição
ao materializar seu discurso

derrocando a concupiscência
vil peçonha d'alma humana
que ao goto tece a mordaça
eis o templo virar choupana
eis o séqüito tornar carcaça
à eterna glória da onisciência

Sigo ingente o torvelinho
espólio da tórrida vindita
ao Asmodeu do Vesúvio
urde o bolor cosmopolita
da iniqüidade ao dilúvio
o lancinante descaminho

umbral do céu nosocomial
alquebrado sítio ecológico
incapaz do extremo pranto
míngua o afã imunológico
às vísceras fel e quebranto
das harpias ao bojo inicial

jazigos copulam indulgência
à camarilha pende o terror
desterrando a asnice senil
ressemeia em arauto labor
inumado ao corpo varonil
o atestado de incompetência

o vitupério à mãe-natureza
insânia estética e sanitária
quão pérfido mercantilista
exulta a ânsia embrionária
messe predatória e sofista
aquinhoando tenra avareza

sanções exaram composição
reparando o torpe arruinado
peia de um poderio ofensivo
ao platô do bosque vicejado
lugar arbóreo de ornato vivo
quintessência do verde chão

cornucópia de íntimo louvor
racha o cancro do botulismo
é chispa de soluço inglório
empanzinada de borborismo
da vanglória ao mercatório
insta curvada pelo agricultor

Sigo inato o heliocêntrico
na odisséia do intimorato
ao ventre da engrenagem
pivotante de um orfanato
que o burgo da paisagem
obsta do olho egocêntrico

bruma de incauta alvorada
no abrigo dos desvalidos
ingresso da cripta ventral
o santuário não corroído
luminária de brando sinal
cortejando a hora chegada

rochedo excelso da rebelião
baliza onde líderes ousam
embevecem o intenso brio
bravura aos que repousam
vigor bélico sobre o fastio
jubilando o mérito da nação

clarim de vanguarda nativa
insurreição fora deflagrada
voraz toma o mar territorial
brado cívico pede a espada
ao destripar a fúria patronal
lava o sangue da alma viva

climatério de ilustres órfãos
sanha descomunal incontida
é quasímodo hemorroidário
assolando as veias remoídas
tombado o pólo reacionário
perpetua a vindima aos sãos

engenho do lúcido progresso
abóbada da pujante virtude
salvo conduto da vegetação
nutrir em célebre plenitude
faz da animália a libertação
o corolário do amor confesso

Sigo imune o firmamento
potestade à força motriz
a vergastar o raquitismo
no prumo traçado de giz
ao embotado ineditismo
do brumado de sarmentos

esplêndida mata atlântica
a cortesania das encostas
no paço da vida silvestre
o manguezal é rica posta
do paladino álveo mestre
sai o poeta e a semântica

valiosa rainha amazônica
biodinâmico ser celestial
é silvícola ou tupiniquim
diversidade finda natural
pulmonária mãe sem fim
guarida de raiz sardônica

barbárie capitalista abarca
contágio da globalização
o desdém cruza o equador
tão espúria é sua missão
se o rebotalho cobre a flor
o lucro é fútil a quem arca

penhasco da zona costeira
idílico na grandiloqüência
aos organismos marinhos
mago da rochosa essência
que o pescador ribeirinho
segue em ronda pesqueira

bosques do vale imponente
auriverde sopro majestoso
insubordinado patriotismo
amparo ao sêmel vigoroso
solapando o determinismo
o neopopulismo consciente

Sigo invicto o tirocínio
escaramuça quixotesca
do estadista democrata
ora verborréia grotesca
é da sociocracia infrata
zombaria ao raciocínio

vilipêndio multinacional
privatização alienígena
é o colosso adormecido
cioso berçário indígena
despertando estarrecido
do extermínio ambiental

mamífero noto absenteísta
legado certo aos onívoros
porém avícolas titubeiam
répteis arejam herbívoros
dos crustáceos saboreiam
ao retroverto passo ateísta

monera campânula abissal
sustentáculo dos oceanos
reluzindo a estrela d'alva
peixes internos sopranos
um recital a âncora salva
tonificando seu manancial

onírica araucária florestal
potência da íntegra casta
serve a noite que orvalha
e o firme tronco se basta
alhures a volver fornalha
converte ao ciclo original

indômita natura centurial
coronário da magnitude
o clamor arroja ousadia
fomentar novas atitudes
um baluarte à soberania
áurea profecia matriarcal






A TRAVESSA ESCRIVÃO ERNANI BRASIL





MAFALDA



BISÃO









MÁRIO QUINTANA E LEINAD LISARB






ROCKELEPÊLÂNDIA










MUTANTES










MARCELO ROMERO E LEINAD LISARB





LOLITA / ANNY / JOSÉ













THE OSCAR GOES TO

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Quer Vim Encoste Né

Roubei Dá Nó Junior

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A Rir Só Um Forte

Tome Lhe De Homens

Martinho e As Cor Cinza

Francês Fode Copo Lá

Estalei Com o Brique

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João Mal Com o Vítor

Tênis Roupa

Mal Com Mal que Doe

O Ú De Alien

Cristo Fé Ali

O Mar Xerife

Uma Turma

Mia Ferro

Mar Lê No Dia Triste

Age Ali Na Jô Ali

Ele Não Borra Carta